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O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), por meio da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV), intermediou a assinatura de quatro acordos com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Esses acordos totalizam investimentos de R$ 29,7 milhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Aproximadamente R$ 24 milhões serão destinados à região Amazônica, sendo R$ 10 milhões para o Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).
Os quatro projetos abrangem: pesquisa para substituição de produtos por biodegradáveis; desenvolvimento de biorrefino; reestruturação de um acervo científico; e pesquisa na área de medicina para possível tratamento de glioblastoma (um tipo agressivo de tumor cerebral).
Um projeto específico, com valor aprovado de R$ 7,5 milhões, visa reestruturar e preservar o acervo científico do CBA. Este acervo possui uma coleção de três mil microrganismos com aplicações em agricultura, cosméticos e fármacos. O projeto inclui modernização de laboratórios, melhoria no armazenamento, informatização do acervo e maior acesso à informação.
Outro projeto relevante é a rede de biorrefino da Amazônia, que busca criar modelos de negócios transformando resíduos de cadeias produtivas em produtos sustentáveis para gerar renda local. O CBA receberá R$ 2 milhões deste projeto para desenvolver tecnologias de produção de bioetanol. O projeto também prevê melhorar infraestruturas laboratoriais e desenvolver três microbiorrefinarias piloto.
Um terceiro projeto foca no desenvolvimento de uma nova terapia para combater o glioblastoma multiforme, contando com a participação do CBA em parceria com institutos como IPT e USP.
O quarto projeto, da empresa Tutiplast com suporte do CBA, objetiva desenvolver produtos de materiais compósitos (mistura de fibras naturais e polímeros sintéticos). Inclui o desenvolvimento de cadeias produtivas desde a base, através do plantio de curauá (bromélia amazônica) e apoio à produção em comunidades locais.
Além dos acordos, o ministro destacou a doação de cinco terrenos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Essa transferência permitirá a instalação de laboratórios, visando geração de emprego, renda, agregação de valor, inovação e desenvolvimento da região amazônica.
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