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Análise de Jogos de Futebol e Basquete TigerSport
09-11 21:02Vis. 5818
Dez dos 16 locais que vão acolher o Mundial de Futebol de 2026 enfrentam um risco muito elevado de condições extremas de stress térmico, segundo o relatório "Pitches in Peril" das entidades Football for the Future, Common Goal e Jupiter Intelligence. O estudo alerta que o campeonato poderá ser o último na América do Norte sem medidas urgentes de adaptação climática.
A competição, co-organizada por Estados Unidos, Canadá e México, terá 60 jogos nos EUA, 10 no Canadá e 10 no México. O relatório prevê que até 2050, quase 90% dos estádios precisarão de adaptação ao calor extremo, com um terço a enfrentar escassez de água. Catorze dos 16 estádios já excedem limites de segurança para calor extremo, chuvas intensas e inundações.
Treze estádios registam pelo menos um dia por verão acima do limite da FIFA de 32°C WBGT (temperatura do globo húmido), que desencadeia pausas para hidratação. Cidades como Atlanta, Dallas, Houston, Kansas City, Miami e Monterrey excedem este limite por dois meses ou mais, com Dallas e Houston a atingirem 31 e 51 dias acima do limiar crítico de 35°C WBGT, respectivamente.
O relatório de 96 páginas recomenda que a indústria do futebol se comprometa com a neutralidade climática até 2040, crie fundos de adaptação e adopte planos de descarbonização. Apesar de 91% dos 3600 adeptos inquiridos nos três países desejarem um Mundial sustentável, um estudo complementar alerta que a edição de 2026, com 48 seleções e 104 jogos, poderá ser a mais prejudicial ao clima de sempre.
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