Brasil usa 'truques' para superar altitude na estreia da Copa América feminina

A Seleção Brasileira feminina inicia hoje sua participação na Copa América contra a Venezuela, em Quito, Equador, às 21h, com transmissão da Sportv e TV Brasil. O Brasil é favorito e busca o seu nono título na competição.

Um grande desafio para a equipe é a altitude de Quito, sede de todos os jogos, localizada a 2.850 metros acima do nível do mar. A delegação brasileira viajou na quinta-feira e teve apenas três dias completos para aclimatação, período considerado insuficiente para o corpo se adaptar plenamente à redução de oxigênio. Espera-se que o time esteja mais adaptado para o jogo contra a Bolívia, em 16 de julho.

A preparação ocorreu na Granja Comary, em Teresópolis, escolhida por sua infraestrutura (campos com gramados excelentes, academia completa, hotel adequado e ambiente tranquilo próximo à natureza), evitando assim deslocamentos e pior estrutura no Equador antes do prazo necessário.

Durante a preparação em Teresópolis, a comissão técnica implementou técnicas específicas para melhorar a condição cardiorrespiratória das atletas e minimizar os efeitos do ar rarefeito. Isto incluiu suplementação de ferro para aumentar a oferta de oxigênio no corpo e exercícios para fortalecer a musculatura respiratória, visando reduzir a sensação de fadiga.

O fisiologista Ronaldo Kobal e a volante Ary Borges, que já viveu experiência similar na Libertadores de 2022, destacaram que os efeitos da altitude são muito individuais. Algumas atletas podem não sentir nada, enquanto outras podem sofrer com falta de ar, dor de cabeça e necessitar de oxigênio extra. Os métodos usados pela comissão buscam amenizar o impacto para todas, mas não é possível prever como cada jogadora reagirá, especialmente se for sua primeira vez em grande altitude.

A Copa América é uma competição crucial, pois concede vagas para a Copa do Mundo Feminina de 2027 e para os Jogos Olímpicos de 2028.