CBA vai investir R$ 2,3 bilhões em modernização e expansão até 2026

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) priorizará investimentos para ampliar competitividade, melhorias estruturais e valor de mercado entre 2024 e 2026, com aplicação total de R$ 2,3 bilhões em operações. O foco será inovação e transformação digital para acelerar ganhos financeiros.

Ao concluir os projetos, a empresa prevê ganhos anuais de R$ 800 milhões no EBITDA. Em 2023, o EBITDA ajustado foi de R$ 307 milhões, queda de 81% ante R$ 1,63 bilhão em 2022. O prazo final para projetos anunciados no IPO foi estendido de 2025 para 2027.

Projetos em andamento incluem R$ 130 milhões para melhoria da pasta anódica (religamento da sala-fornos 1) e R$ 350 milhões na purificação do licor da refinaria, visando aumento de produtividade e capacidade instalada. Outros R$ 100 milhões serão destinados à modernização para aumento da produção de folhas finas e extrafinas (produtos de maior valor agregado).

O CEO Luciano Alves destacou a estratégia baseada em quatro pilares desde 2015: crescimento, competitividade, impacto positivo e transformação. Em produtos primários, a meta é modernização tecnológica; em transformados, expansão de folhas para demanda local e exportação, com crescimento em reciclagem.

Investimentos de R$ 350 milhões serão aplicados em reciclagem para aumentar processamento, consumo de conteúdo reciclado, eficiência da sucata e captação. O negócio de reciclagem oferece menor exposição à LME e melhor perfil de risco-retorno.

A diretora Roseli Milagres apontou que o Brasil pode gerar 1 milhão de toneladas de sucata até 2030, mas enfrenta desafios com importação/exportação. Globalmente, EUA e Europa têm ampla disponibilidade de sucata, enquanto a China acelerará investimentos em reciclagem alinhados a compromissos ambientais.

Nos EUA, projeta-se adição de 2 milhões de toneladas/ano em capacidade de reciclagem, porém regulamentações podem limitar comércio global, favorecendo fluxos intrarregionais. A demanda por sucata deve dobrar até 2050, impulsionada por estratégias setoriais de redução de emissões e transição energética.