Jogadoras da WNBA lutam por um novo acordo coletivo de trabalho

A WNBA registou uma temporada histórica, com o Las Vegas Aces a conquistar o terceiro título em quatro anos. A liga atingiu a maior audiência televisiva da temporada regular desde 1998, com uma média de 969 mil espetadores por jogo, e um recorde de assistência nos pavilhões, totalizando 2,5 milhões de fãs em 226 jogos.

Durante o All-Star Game, as jogadoras demonstraram descontentamento usando camisolas com a mensagem "Paguem-nos o que nos devem", após não terem chegado a um novo acordo coletivo de trabalho. As atletas saíram do acordo anterior em outubro e buscam melhor partilha de receitas, aumentos salariais, benefícios aprimorados e um teto salarial mais flexível.

A presidente da Women’s National Basketball Player’s Association, Nneka Ogwumike, expressou inspiração com o envolvimento das jogadoras, mas o otimismo não se concretizou, pois o acordo permanece por fechar. Napheesa Collier, do Minnesota Lynx, acusou a WNBA de "autossabotagem" e criticou a comissária Cathy Engelbert por "a pior liderança do mundo", alegando falta de responsabilidade da liga.

Collier revelou uma conversa privada com Engelbert, onde questionou os baixos salários de estrelas como Paige Bueckers, Angel Reese e Caitlin Clark, apesar do seu impacto no crescimento da liga. Engelbert teria respondido que Clark deveria ser grata por ganhar 16 milhões de dólares fora das quadras, graças à plataforma da WNBA, mas a comissária negou ter feito esses comentários, elogiando Clark como uma jogadora transformadora.

Caitlin Clark defendeu que Collier "disse tudo" e apresentou argumentos válidos, enquanto Paige Bueckers, em entrevista à Fortune, afirmou que as jogadoras merecem uma parte justa dos rendimentos, especialmente com o crescimento da modalidade e da WNBA.